AS PRIMEIRAS FOLERPAS


Sem chegar as portas de fevereiro, o vento do soam trouxo as primeiras folerpas. Sempre bem-vida, a neve cobriu os cumio da Laracha. Os velhos, aínda recordam quando esta pombada branca e fria cobria os outerios de Monte-Maior e Alta de Soandres ata preto de um mês. Hoje o clima trocou, mais as vezes agasálha-nos com este deserto branco, que tanto agrada aos pequenos e labregos. Uns para jogar fazendo bolos de neve e os outros esperando a que o tempo leve bechos da terra e assim ter melhores colheitas. «Año  de Nieves, año de bienes» diziam as gentes do agro. A avoa dizia-me que quando ela era cativa recolhiam a auga da neve e gardábana. Depois usavana de remédio para lavar a cara ou qualquer outra parte da pel quando tinham umha doença como as «neghras». Velhos hábitos que hoje só ficam na lembrança e se perdem … como o nome de folerpas, que já pouco se di. Bela palavra que nasce do cruzamento de bhel \bhal (palavra indouropea que significa branco) e coppum (palavra latina que significa copo). As voltas que dam as línguas … e  o frágeis que som.O mesmo que as primeiras folerpas …

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