O Escornabois (o unicórnio galego)

Há um castinheiro num lugar de Soandres no que tódo-los anos saem os escornabois (LucusCervus) ou também chamados vacalouras, vacaloiras, alicornios ...
É provável que este seja um dos poucos redutos na Laracha deste escaravelho, o maior da Europa. Apesar de estar protegido, segue em perigo de extinçom. De feito, os investigadores só lhe asseguram cerca de 30 anos até que desapareça a espécie. O desaparecimento dos nossos bosques autóctonos, o seu habitat; a poluçom; o lume; o espólio e venda a colecionistas, que chegam a pagar moitos cartos, fam que tenha os dias contados.
O escornabois (alicornio) representa para a nossa cultura máis ca um inseto.
É o unicórnio galego. O que para outros povos e culturas é um ser mitológico representado em forma de cavalo branco com um corno no meio da testa, para nós é um mito vivo.
Aos seus cornos atribúense-lhe propriedades curativas, protetoras e enfeitizadoras.
Usávam-se tanto para remédios para curar os males das perssoas como de animais. Também se pendurava no peito como amuleto ou metidos numha bolsiña de tecido com outras ervas para proteger contra o mal de olho (escapulario)
Há um feitiço de amor que se recolhe numha cantiga e que se fai cocendo auga com flores e folhas de vieiteiro, fiuncho, ruda e um corno de vacaloura.

"Sabugueiro de folha repinicada,
colherei-che um ramo na madrugada,
Cocerei-che com cornos de vacaloura
com fiuncho e ruda dos arredores,
da ermida feituqueira da Virge Loura ".

É incrível, o escornabois, o alicornio galego, protege o home, mas o home no protege a el. 

Comentarios